Alunos do primeiro semestre do curso de propaganda da ESPM aprendem que tudo tem um significado, às vezes bem explícito, às vezes bem oculto. Se for um livro a lição de casa é procurar nas entrelinhas do texto. Se for um filme a explicação deve estar escondida no canto do frame, na porta entreaberta, num silêncio comprometedor. Analogias, associações, procurar, procurar, procurar. Em aula o professor conta bastidores incríveis do mundo da publicidade, que seduzem os pupilos pelos 4 anos seguintes. Vamos às revelações: As 3 letrinhas da palavra OMO significam “Old Mother Owl”, que em português se traduz na expressão Mãe Coruja. As mesmas 3 letras, se observadas cuidadosamente sugerem o desenho da própria coruja: dois olhões e um M inteligente no meio. Agora entendi porque eu SÓ compro OMO. A logomarca da Shell é outro ícone de significados nada à toa. A concha remete ao mar, de onde vem o petróleo. A concha pode ser a casa da ostra, que por sua vez produz a pérola, uma riqueza desejada e venerada(mulheres). Ainda sobre a concha: sua “anatomia” lembra um velocímetro(homens), tudo a ver com posto de gasolina. E por fim as cores. Amarelo é ouro, vermelho é força. Já a tipologia, outro capítulo a ser explorado, é mais uma “ferramenta” bem poderosa. Letra gorda, letra fina, maiúscula, minúscula, com ou sem sombra, e por aí vai, tudo querendo dizer alguma coisa. Moral da história: ninguém é bonzinho e nada é por acaso. As marcas querem sim hipnotizar e fisgar você. E se na hora do “tête à tête”, no calor da gôndola, elas não tem boca pra falar, mesmo assim elas vão te agarrar. Voltando pra ESPM, pelo que pude perceber, os alunos amam muito tudo isso. É fascinante mesmo. (RL)
Marcas peladas
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“amam muito tudo isso”