Nos anos 80/90 as campanhas publicitárias eram obras de arte. Éramos fisgados pelas imagens que acompanhávamos avidamente pela tv. A trilha virava hit, o produto virava moda. Comprávamos a ingenuidade, a liberdade, o sonho, não o produto. Na contramão desse fluxo, tínhamos a Benetton. As campanhas eram fortes, provocantes, polêmicas. Impossível ficar indiferente diante das imagens. No entanto, as campanhas foram rareando na última década e ressurgiram agora, com os selinhos entre representantes de Estado. Apesar de voltar o burburinho em torno da marca, a impressão que tenho é que já vi esse filme. Dizia Oscar Wilde que pegar uma idéia e transformá-la não é cópia, mas fonte de inspiração. Não vejo transformação e tampouco inovação nessa campanha, muito menos um resgate da tônica da marca. Vejo uma cópia das ações do passado e não das idéias. Uma pena. Queria novamente sentir aquele impacto e não apenas nostalgia. (RM)
Deixe um comentário