Impossível dar conta dos afazeres do dia sem a listinha contendo tudo o que deve ser feito. O dia é programado e cronometrado. Ontem, ao sair para cumprir minha programação, encontrei o trânsito mais lento que o de costume. Em se tratando de São Paulo, nenhuma surpresa. A surpresa foi descobrir a razão da lentidão: três assaltantes tentaram invadir um condomínio. Atiraram no segurança, que antes de morrer, matou um dos assaltantes e feriu outro. O terceiro fugiu. Segui meu caminho com aquela imagem de filme: os policiais, o corpo coberto, os curiosos e entre isso tudo, o sangue das vítimas. Segui pensando que, assim como eu, tanto os bandidos quanto o segurança tinham também uma programação para aquele dia. Provavelmente, a morte não estava entre elas. Ou estava. Afinal, a morte ronda as duas atividades. Enfim, fiz o que tinha que fazer e ao voltar para o bairro, decidi tomar outro caminho, não queria cristalizar a imagem da manhã. Por mais incrível que pareça, encontrei novamente um trânsito extremamente lento, consequência de uma situação ainda mais inusitada que a anterior: um galho (enorme!) caiu sobre um carro, ferindo levemente a motorista. Li depois a matéria e descobri que a motorista tinha acabado de deixar o filho na escola, o pai no mercado e, de repente, no meio das tarefas do dia, cai uma árvore na sua cabeça. Certamente isso não estava na sua listinha e tampouco na sua programação. Não pude deixar de lembrar o que dizia minha vó: a gente faz um plano. Deus faz outro… (RM)
Já dizia minha vó
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